Infinitude. As palavras comportam essa extremada perseguição do extremo (p. ex., tudo, nada, até o próprio infinito) permanecendo a todo o momento palavras. Pois elas é que são absolutas. Integram em si o limite — um fim. Creio por isso que a infinitude, que acicata o espírito artístico e criador, reside no próprio símbolo que a enuncia. No visível, cabe o invisível. É, pois, em volta que está o vácuo inavegável, a real infinitude, aquele espaço de coisa nenhuma e que nenhum pensamento pode pensar. Se existe ou não, é igual.