Não quero deambular pela amplitude funesta do que digo ou não digo, o que escrevo ou não escrevo, o que sou ou não sou. Tenho na ideia um texto mais para o narrativo — tenho pensadas as personagens, o espaço da ação, o Tema mais ou menos delineado. Vai dar uma trabalheira. Uma coisa angustiante esta de manipular a psicologia de alguém. Dizem-me naturalmente, e sensatamente: mas as personagens não existem, são um produto de uma puríssima invenção, uma matéria que vem de parte nenhuma. Eu devia ser mais sensato.